sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Não tenho pressa
Não tenho fé
Não tenho pena.
Não quero ver a cena
Do teu passado que te condena
E me leva na imensidão.

Não sou cristã
Não sou tua filha
Sou só mais uma puta varrida
Nesta vida, esquecida.

Nestas horas passadas
Sou só mais uma na esquina
Pedindo por tua guarida
E esquecida na tua vida.

Não sou tua
Não tenho nada
Não sou a desgarrada
Que te fere por não te querer.

Sou assim porque quiseram
Que um dia eu levasse a sério
A falta que me fizeram
Um pai que não é um mistério
Como você agora, meu velho.

(01/09/05)

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