sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Não quero rimas e nem palavras bonitas
Não quero teus lábios nem teu olhar
Não procuro nada
Nem ninguém
Quero férias longe do mar
Para que eu sinta falta
E assim queira muito voltar
Não quero a pureza do teu coração
Nem tuas melhores intenções
Não quero saudades nem boa sorte
Quero aprender sozinha os caminhos tortos
Cair e quebrar os dentes
Quero levantar olhando em frente
Tendo orgulho de mim.
Quero poder falar em voz alta
O que quero e o que não quero.
Não quero perdão nem pena
A solidariedade que seja livre
Sem as dividas que normalmente carrego.
Quero o abraço verdadeiro
Sujo, mal trapilho, fedorento.
Quero dividir com o irmão desconhecido minhas riquezas, minha mais simples economia
Quero ter orgulho dos meus passos
Quero ter orgulho da minha história
Quero retomar histórias perdidas
E amores impossiveis para que assim eu veja que não valiam a pena.
Quero me libertar das tuas tramas
Quero olhar o horizonte
E sorrir para mim mesma
Não querendo mais te encontrar.
Não encontrar ninguém
Somente a mim mesma.

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