quarta-feira, 1 de abril de 2009

Algumas coisas deste mundo são dureza. Como a culpa e a defesa.
A culpa nunca vem sozinha...ela vem recheada de lembranças e pensamentos do tipo "onde eu podia ter feito diferente". Ela é dura, implacável...por isso é tão bom ter pena, pena de si mesmo.
As vezes a culpa se confunde com justificativas para os erros, porque a ilusão é o doce de quem erra. Mas a verdade, é que uma hora a vida cobra, ela bate a sua porta com mãos pesadas e voz inquisidora.
A defesa é a desculpa pra tudo, pois ela nos exime dos pecados e por ela temos a desculpa da sobrevivencia...
As vezes fico braba com meus erros e fico braba pelos erros alheios...que direito eu tenho? No meu mundo, meus direitos são amplos, no meu mundo eu reino e no meu mundo só eu posso mandar.
E a culpa lá não existe, porque a minha sobrevivência é muito mais importante.
A solidão é o destino de quem se culpa e de quem tenta sobreviver sobrepondo os outros, mas eu penso que a culpa é um carma que eu tenho certeza que um dia se acabará...e será libertador...mas e a defesa? Essa ainda existirá? Somente senão houver perdão. E perdoar, é para poucos.
Aliás, acredito friamente que as vezes seria melhor não receber perdão. Porque quem recebe se sente tão pequeno, tão imaturo, tão nada! Se o outro lado jurasse vingança eterna, as vezes penso que seria melhor, ai então estariamos aceitando o castigo ou partiríamos para aquela defesa, onde tudo é justificável.
O resultado de tudo isto? Um grande carma que se carrega por muitas vidas onde só laços de sangue podem resolver.
Eu pessoalmente, acredito nisto. Sei que criei vários carmas. Resgato alguns, cobro de outros, cobro de mim mesma.
Onde vai parar tudo isso? Não sei ao certo, mas as vezes o que eu mais queria, era um colo limpo, puro sem laços, um amor sem cobranças, de uma mãe boa que se doa para os filhos. Um amor fraternal, onde eu pudesse deitar minha cabeça e apenas sentir os dedos nos meus cabelos e uma voz doce, feminina de entendimento e compaixão.
Se o céu existe quero me encontrar por lá.

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