sábado, 15 de agosto de 2009

Aprovo os desalmados e sem coração
Aqueles que fazem da sua insensibilidade um caminho de vida.
Dos que olham frios e gélidos para a fome
E conseguem rir do que não entendem.

Gosto dos que tenho receio de conhecer mais de perto.
Dos que tem olhos profundos e a alma machucada.
Dos que pensam que suas dores são as maiores do mundo mesmo que tenham tudo que invejo.
Aprovo os atos falhos de quem só sabe perdoar a si mesmo.

Quero a condecendência da minha história
E o entendimento da minha pureza.
Gostaria de ter o poder de voar
E assim te enxergar de cima.
Jogar rosas com bilhetes brancos
E ver você não dar a mínima
Porque afinal, você não tem um coração.

Aprovo a esperança em mim
De horas de esquecimento
De camas quentes e novidades efervecentes
De esquecimentos fáceis e nada furtivos.

Quero um radar eterno para que nunca me percas
E quando eu achar que estou em território inimigo, você me salvar.
Mesmo com o seu coração gélido
Que ama o que não entende
E ainda consegue rir de si mesmo.

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